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Autor em foco

  • Foto do escritor: Mábia Almeida
    Mábia Almeida
  • 1 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 14 de mar. de 2024

Mário Quintana



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O Autor em Foco da semana é um dos maiores poetas brasileiros. Chamado de “poeta das coisas simples”, Mário de Miranda Quintana nasceu em 30 de julho de 1906 em Alegrete (Rio Grande do Sul).


Mário Quintana escrevia com linguagem simples sobre assuntos comuns do dia a dia. A ironia também era uma das características presentes em seus poemas. O Poeta publicou seu primeiro livro de sonetos em 1940, chamado “A Rua dos Cataventos”. Já em 1948, publicou o livro “Sapato Florido” com pequenos poemas em forma de prosa.


Além de poeta, Mário Quintana era jornalista, trabalhou no jornal O Estado do Rio Grande, Revista do Globo e Correio do Povo. Atuou também como tradutor em diversas obras de escritores como Voltaire e Balzac.


O “poeta das coisas simples” lançou alguns livros infantis, como:

· O Batalhão das Letras, 1948.

· Pé de Pião, 1968.

· Nariz de Vidro, 1984.

· Sapato Furado, 1994.


Quintana, a longo de sua vida, recebeu o “Prêmio Machado de Assis” da ABL (Academia Brasileira de Letras), em 1980 e o “Prêmio Jabuti” como personalidade literária do ano de 1981.


O escritor tentou entrar três vezes na Academia Brasileira de Letras, mas não teve sucesso em nenhuma das vezes, o que teria o deixado chateado. Foi convidado a se candidatar mais uma vez, mas recusou.


Mário Quintana faleceu em 1994, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. O poeta não se casou e não teve filhos.


Principais Poemas:


Poeminho do Contra

Todos esses que aí estão Atravancando meu caminho, Eles passarão... Eu passarinho!


Emergência

Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que estás numa cela abafada, esse ar que entra por ela. Por isso é que os poemas têm ritmo — para que possas profundamente respirar. Quem faz um poema salva um afogado.


Os Poemas

Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês.

Quando fechas o livro, eles alçam voo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhado espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti…


Envelhecer

Antes, todos os caminhos iam. Agora todos os caminhos vêm A casa é acolhedora, os livros poucos. E eu mesmo preparo o chá para os fantasmas.


O Tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são 6 horas: há tempo… Quando se vê, já é 6ª-feira… Quando se vê, passaram 60 anos! Agora, é tarde demais para ser reprovado… E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade, eu nem olhava o relógio seguia sempre em frente…

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas

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