Eu vi
- Mábia Almeida
- 6 de ago. de 2023
- 1 min de leitura

Olhei para o mundo e vi o caos Vi a guerra E a morte de boas pessoas. Vi doenças se espelhando O ódio coletivo A mesquinhez humana A solidão de muitos E os clicks por fama. Olhei com tristeza o menino no farol Vendendo bala por uns trocados E a garota desamparada por ter virado mãe Ainda na adolescência Sim, eu vi o caos. Quando achei que era o fim, Vi o sorriso da criança, A senhora do campo Que, apesar de todos os problemas, Canta sua doce canção, Feliz e despreocupada. Vi a esperança no rosto da jovem Vi um homem oferecendo ajuda Sem pedir algo em troca Vi uma mulher em situação de rua Dividindo a única refeição do dia Com outra pessoa. Sim, eu vi o amor. Percebi então a dualidade do ser humano Temos o mais puro amor E a mais terrível maldade Ambos convivendo juntos, lado a lado, Dentro de nós. Por fim, Parei de procurar defeitos e qualidades nas pessoas E até em mim mesma Passei a enxergar a vida como ela é: Tristeza, sorrisos Algumas decepções e outras conquistas. Também comecei a ver as pessoas como seres imperfeitos Como de fato são. Todos temos um lado bom e outro ruim. Todos temos um toque de hipocrisia misturada com uma dose de bondade aparente Ou temos um pouco de bondade ao lado da maldade que se sobressai. Decidi, Então, Parar de contemplar a vida E apenas vivê-la O mundo vai continuar o mesmo As pessoas também não mudarão O caos e o amor continuarão a viver juntos Até o fim dos tempos.
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