Livros brasileiros que abordam problemas sociais
- Mábia Almeida

- 25 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Diversos escritores brasileiros refletem, em suas obras, sobre temas sociais que acontecem em nosso dia a dia

A literatura brasileira é muito rica e já abordou diversos dos mais variados temas que existem. Quem nunca leu ou ouviu falar de Dom Casmurro, de Machado de Assis? A eterna dúvida se Bentinho foi ou não traído por Capitu ficará para sempre no imaginário popular. Os personagens de Jorge Amado, por exemplo, ganharam vida e estão presentes em novelas, séries e filmes.
Um bom livro nos inspira, traz alegria, nos leva para outro mundo ou nos faz ter consciência dos problemas sociais que existem ao nosso redor. Por isso, é de extrema importância valorizarmos os livros brasileiros que nos fazem refletir através de críticas sociais.
No dia nacional do escritor, listamos algumas obras de autores brasileiros que refletem sobre problemas sociais: como racismo, violência e pobreza.
Quarto de despejo: Diário de uma favelada, Carolina Maria de Jesus
Este é um diário de Carolina Maria de Jesus, a história acontece entre 1955 a 1960. O livro é um relato de uma mulher negra, pobre e semianalfabeta que foi catadora de lixo. Narra o cotidiano da protagonista nas comunidades de São Paulo. A escritora descreve sua realidade no dia a dia da favela do Canindé, São Paulo.
Alguns temas como fome e falta de moradia são retratados neste livro, que já foi traduzido para mais treze idiomas. Lançado em 1960, a obra foi escrita através de vinte diários contando os problemas e as angústias do dia a dia da narradora.
No livro, que faz parte da literatura marginal, a autora narra sua própria história. Nascida no interior de Minas Gerais, se muda, ainda jovem, para São Paulo morando na favela do Canindé. Racismo e pobreza são alguns dos problemas sociais descritos no diário.
Olhos d’água, Conceição Evaristo
Lançado em 2004, o livro contém 15 contos. Reflete sobre questões que, apesar de tantos anos, ainda estão presentes na realidade de muitas mulheres negras, como: pobreza, violência e o racismo, além de descrever o dia a dia na favela. A autora nasceu em uma favela em Belo Horizonte.
Esse livro aborda a desigualdade social a partir do olhar de uma mulher negra. Os contos retratam histórias de mulheres negras e pobres, seus problemas e angústias.
O Mulato, Aluízio Azevedo
Raimundo é filho bastardo de um fazendeiro com uma escrava. Depois de passar muitos anos morando em Portugal, o protagonista retorna ao Brasil em busca de conhecer um pouco de sua história.
Quando viaja para encontrar seu tio, Raimundo conhece Ana Rosa, sua prima. Os dois se apaixonam, mas são impedidos de casar pela família por preconceito com a cor da pele de Raimundo.
No fim, a obra não tem o final feliz que era comum à época. Raimundo é morto quando tenta fugir com Ana Rosa, que acaba se casando com o assassino do seu amado e tem com ele três filhos.
O mulato foi lançado em 1981 e é considerado o livro que iniciou o naturalismo no Brasil. Aborda temas ainda pouco explorados para aquele tempo como o racismo.
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